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Convivendo com a Tendinite de Ombro






A região do ombro é uma estrutura complexa, que permite maior mobilidade entre todas as regiões do corpo. Os movimentos realizados vão desde coçar as costas até fazer um arremesso perfeito, executando importantes funções de estabilização para o uso das mãos, como levantar, empurrar e atuar na sustentação do peso. Entretanto, a tendinite pode levar a problemas de instabilidade, resultando em dor que pode ser temporária e desaparecer em pouco tempo, ou pode continuar e ser necessário diagnóstico e tratamento específico.

O tendão é uma espécie de cabo que liga os músculos aos ossos ou a outros tecidos e transmite a energia e a força gerada no músculo até o osso. Tendinite é o nome comumente utilizado para a inflamação do tendão e sua bainha. Com frequência, os casos de tendinite no ombro são decorrentes de desgastes sofridos nos tendões durante anos, e que a partir de determinado momento se manifestam mediante dor na região, agravada pelos movimentos.

Por sua elevada incidência, provocando grande número de afastamentos, as tendinites já podem ser classificadas como problema de saúde pública. Segundo estudos, cerca de 90% a 95% das anormalidades do ombro decorrem de trauma, sobrecarga ou excesso de uso.

Os sintomas da tendinite são dor intensa na região agravada por movimentos; irradiação da dor para o pescoço, às vezes também para o braço e dedos; diminuição da força muscular; incapacidade de movimento completo dos braços, principalmente para elevá-los e abri-los; dor noturna e a decorrente de esforços, e sensação de formigamento no braço.

Caso a dor seja intensa, deve-se procurar cuidados médicos, assim que possível. Se for menos severa, recomenda-se esperar alguns dias para ver se há alívio da dor; mas se persistir, é imprescindível procurar um ortopedista que poderá diagnosticar a lesão e, junto com o fisioterapeuta, orientar o tratamento adequado.

Visando o alívio da dor, é fundamental o repouso funcional do membro afetado, porém dependendo do grau de desconforto, pode ser prescrito o uso de antiinflamatórios, administração local de compressas de gelo, infiltração de corticosteróides, chegando até a indicação de cirurgia nos casos em que a terapia conservadora, ou seja, a fisioterapia, não surtiu efeito.

O melhor é evitar que o problema se instale. Para isso, a orientação é a realização de pausas na rotina de trabalho. Apenas alguns minutos podem significar não um prejuízo, mas sim um ganho em termos de continuidade em longo prazo. O alongamento diário e o fortalecimento dessas musculaturas também são um ótimo agente preventivo, pois preparam os ombros para o trabalho e evitam lesões. Exercícios em excesso podem ser prejudiciais, assim como participar de atividades esportivas que normalmente não pratica, sem o devido aquecimento.

Vale lembrar que alongamentos e exercícios contribuem, e muito, para a melhora do movimento e o reforço da musculatura, porém devem ser orientados por profissional especializado, porque se forem executados de forma inadequada, podem causar lesões na região do ombro.

* Michele Piai Lino

Espero que você tenha gostado do texto.

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